sábado, 4 de dezembro de 2010

Myself;

Um errante. Freqüentes perguntas rondando uma mente perturbada e indecisa. Aquele que busca o verdadeiro significado de tudo o que acontece nessa vida, busca compreender o motivo de ainda existirem guerras e o mal, tenta entender o que leva uma pessoa a fazer coisas ruins, se o melhor da vida é ajudar o próximo e fazer o bem. Apologia? Não, não mesmo. Ao mesmo tempo em que paro para pensar em todas as coisas ruins que acontecem, acabo chegando a conclusão de que não existiria o bem, se não existisse o mal. Não existiria o belo, se não fosse o feio, o Paraíso sem o Inferno. Afinal, o Paraíso existe? E o Inferno? Alguns acreditam que sim, outros que são coisas que apenas não passam de mera imaginação. Eu sou da segunda opinião, admito. Mas respeito os que têm outras opiniões acerca deste assunto. Está aí uma coisa que eu acredito que deveríamos todos ter. Respeito pelo próximo seria a parte mais fundamental para um bom relacionamento interpessoal. Intrigante perceber que as pessoas estão cada vez mais compreensíveis, seria um primeiro passo para o sucesso? Seria tão perfeito se todas as coisas fossem discutidas e chegasse a um consenso, sempre, não é? Acontece que na maioria das vezes, acreditam que a verdade é única e não aceitam opiniões diferentes. Está gerada a guerra entre a diversidade. Afinal, a Diversidade é algo tão excepcional, não consigo entender o motivo de tantos conflitos por existirem tanta diferença entre as pessoas. Seja sobre a religião, sexualidade, etnia. Está aí algo que eu não suporto: Intolerância. Independente de qual seja. Espera aí, estamos em um mundo livre, não é? Democrático e justo? Calma, tem outra coisa bastante interessante que eu já ouvi falar - sim, já ouvi -: Livre Arbítrio. Essa palavra não me é estranha, mas acontece que não a vêem da forma como deveriam ver, sabe? Isso é outra coisa que me intriga. O motivo pelo qual as pessoas não entendem, que cada um tem o direito de escolher suas ações, escolher o que achar melhor para ela. E olha que isso vem da bíblia, não vem? Ou não? Sei lá, nunca li a bíblia toda. Se parar para ler, levarei pelo menos quinze anos tentando finalizar entendendo tudo o que diz ali. Preciso de mais tempo para isso, com certeza. Sou daquele que não se convence facilmente com as coisas, que não aceita tudo o que me propõem pelo simples fato de dizerem que provém daqui ou dali, independente da procedência. Sou inconstante, sempe disposto a mudar. Não aceitar facilmente o que me dizem, não quer dizer que eu seja um poço de arrogância e tenha a razão nas mãos, muito pelo contrário, eu faço a pessoa conseguir de formas diferentes, me provar aquilo que diz. Sou inteligente, sim eu digo que sou. Busco sempre o melhor para mim e para minha família e amigos, busco estar sempre atualizado em todas as coisas que estão acontecendo e entender cada detalhe. Agora estou mais velho, vinte e dois anos não é pra qualquer um, não. Mais maturidade, mais responsabilidades, mais... idade... rs. Novas experiências e desafios virão; mas isso é bom. As coisas devem ser conseguidas com bastante esforço, não faria sentido algum ter algo que não tenha batalhado para obtê-lo. De onde seria proveniente a sua gratidão? Ai, ai. Eu acho que falei demais. Falei coisas que talvez tenham sido desnecessárias, mas eu sou assim: Um Eterno Prolixo! Me embolo em meio as minhas próprias palavras, sempre que tento expressar aquilo que sinto. Eu me entendo e isso já é um começo. Quando as pessoas não conseguem entender, aí está o verdadeiro problema. Nesse caso, temos que ser pacientes e tentar explicar da melhor forma possível. Basicamente é isso. Eu sou assim, um emaranhado de palavras.

sábado, 2 de outubro de 2010

Cobranças;




É engraçado quando algumas vezes nos deparamos pensando nas coisas que acontecem em nosso cotidiano. Eu particularmente sempre tenho a impressão de que as coisas dão errado para mim, e o que é pior: sempre acho que apenas comigo que acontece as piores coisas. Não por querer que aconteça com os outros, obviamente, mas eu sempre paro para afirmar que a vida é injusta comigo, que não deveria acontecer apenas com uns e que tudo deveria ser mais dividido, tanto as angústias quanto as alegrias. Não é ruim querer que as coisas sejam metodicamente divididas, apenas acredito que todos deveriam ter as mesmas oportunidades e terem a chance de passar pelas mesmas dificuldades em certos momentos. Ao menos assim, talvez não tivessem tantos preconceitos e tantas diferenças em nosso país. Um dia desses, eu estava me criticando, me cobrando e dizendo que precisava me doar mais, batalhar mais firmemente para que sempre conseguisse as melhores coisas, que ironia. Se pararmos para pensar em tudo o que temos e em tudo que muitas pessoas passam nesse mundo, deveríamos apenas agradecer por tudo e sermos felizes por sermos o que somos. Deveríamos nos cobrar menos e agirmos mais, mostrar o real objetivo de estamos aqui, sermos solidários, pensar nos outros como se estivéssemos pensando em nós mesmos. É isso que faz a diferença entre as pessoas boas e as pessoas más.Tudo bem que dividir as pessoas em boas e más é outro ponto que seria complexo de tratar, afinal o que é o bom e o que é o mau? Talvez seja outro questionamento que poderemos discutir mais adiante.

sábado, 31 de julho de 2010

Dia do Orgasmo;



Nossa, hoje é o dia do Orgasmo. Nunca imaginei que pudesse existir tal dia. Mas o que realmente eu não entendo é o significado da existência de certos dias em nosso calendário, penso nas coisas boas que ele poderia proporcionar para nós, ou o que mudaria em nossas vidas – e chego à conclusão de que é NADA -. É um dia como outro qualquer, convenhamos e, prazer por prazer, é fácil que tenhamos em qualquer outro dia do ano. Se tivéssemos que esperar pelo dia do orgasmo para que tivéssemos um, acho que estaríamos frustrados ao extremo. Mas enfim, a minha questão é: O que a igreja pensa sobre esse dia? Orgasmo, prazer, sexo... Coisas que alguns veem como pecado. Como pode uma coisa tão boa ser pecado? Sempre me questionei sobre certas coisas que a Igreja impunha que eu não concordava, daí eu algumas vezes era até tachado de incrédulo, ou talvez essa nem seja a palavra mais correta, me fugiu a mente agora, depois eu lembro. Mas eu não consigo seguir uma religião que quer impor que se eu usar camisinha para ter relação sexual, eu estou pecando. Ou se minha mulher utilizar anticoncepcional, ela também está pecando. O sexo foi feito apenas para procriação. Pois é, vide os animais: Eles só fazem sexo para procriarem, mas como procriam, hein. Enfim... Voltando ao orgasmo, já que ele é o foco hoje. O sexo é apenas uma preliminar, o orgasmo é a conseqüência, o término de tudo bem feito. Claro, por que se não for bem feito, quem chegará ao ponto alto da questão? Ninguém. É uma coisa muito boa, de fato, mas ainda assim não justifica ter um dia para ele. Façamos o dia do orgasmo, todos os dias, assim a população seria muito mais feliz, menos guerras aconteceriam. Seria tão mais bonito e perfeito. Como não temos como fugir do dia ou mudar o calendário mundial: Feliz dia do Orgasmo! ;D

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dúvidas;



Enfim as coisas voltam ao normal e a vida continua. É um alívio olharmos para trás e vermos que tudo o que fizemos valeu a pena e que estamos sendo recompensados de alguma forma. Mas uma coisa eu tenho muita vontade de entender, mas admito que seja muito difícil: Como podemos ser mais gratos às coisas que nos acontece se muitas vezes quebramos a cara e achamos que tudo de errado acontece? Tudo bem, admito que posso estar sendo um pouco redundante, mas sabe quando você fica feliz por ter a certeza de que fez tudo certinho, que não deixou nada passar, que não permitiu errar em momento algum, mas no fundo você sabe que te falta alguma coisa, sabe que poderia fazer melhor que aquilo, ou por você ser uma pessoa tão boa, necessita ser mais recompensado. Posso citar pensamentos negativos, sim. Coisas que sempre temos certeza que dará errado. Mas errados estaremos se não nos arriscarmos, se não houver tentativas. Tentativas e erros fazem parte da vida de qualquer ser humano e eu entendo isso. O que não podemos é nos permitir permanecer nele e tentar progredir sempre. Essas coisas todo mundo diz, posso até denominar como clichê, mas tudo bem, para mim ainda é válido saber que eu faço a minha parte, independente de estar ou não sendo recompensado. O importante na vida é sermos nós mesmos e olhar para os outros como se estivéssemos olhando para nós mesmos. Eu gosto de ser quem eu sou e fazer o que faço, independente de qualquer coisa. A vida é assim, estranha quem não percebe.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Patriotismo?



É, Brasil. Infelizmente não foi dessa vez que você foi hexacampeão. Eu sinceramente gostaria que fosse diferente e que você tivesse conseguido passar para as semifinais, porém, intervieram e não deixaram que isso acontecesse. É interessante, e melhor ainda sermos nacionalistas, patriotas, seja lá como queiram chamar, só devemos parar um pouco e pensar nas atuais circunstâncias em que o nosso país vive e saber o que é mais valioso e o que mais vale a pena nos preocupar. Realmente com o futebol, ou em sermos ainda um país subdesenvolvido e não fazermos nada para que essa situação mude (se é que há meios de mudar). Olhar para a situação da Nação Brasileira e achar que está tudo ótimo, ou ainda melhor, colocar a culpa nos políticos. Ah, é claro, somos nós quem os colocamos no lugar deles, achando que eles farão algo melhor por nós, esqueci desse detalhe. É complicada demais a situação. Podemos considerar hipocrisia? Eu particularmente acho que sim. Não visto uma camisa do Brasil e saio pelas ruas gritando e soprando objetos irritantes para dizer que eu sou brasileiro e que quero que meu país ganhe a copa se eu sei que estamos "na merda" e que ainda somos um país de terceiro mundo. Somos autosuficiente em petróleo, temos um futebol e uma cultura invejável, um país repleto de riqueza. Mas para onde vai tudo isso? Cadê os resultados de tanta coisa boa? O resultado está na desigualdade econômica, nas enchentes que acontecem por mau planejamento das ruas, pelos desabamentos que acontecem por permitirem que casas sejam construídas em locais inapropriados. A culpa é do governo, sempre. Não há o que questionar. Ao menos é o que todos dizem por aí, sem lembrar que quem coloca aquela pessoa como responsável por um país, ou um estado e até mesmo uma cidade, somos nós. Nós escolhemos o que queremos para a gente. Nada mais justo que paguemos pelas conseqüências, não? Não sei, posso estar levando para o lado extremo da coisa, mas ninguém é perfeito. Essa é a forma como eu vejo as coisas acontecerem. Fechar as portas dos comércios e parar tudo o que está acontecendo para assistir um jogo de futebol. Feriado nacional praticamente decretado. Shows para que as pessoas possam ir para a rua comemorar e beber, festejando o que? Isso às vezes me incomoda. Enquanto uns tem tão pouco ou talvez nada, outros comemoram pelo fato do time estar jogando. Mas é claro, eles estão fazendo o trabalho deles, recebem milhões para isso, nada mais justos terem que fazer bem feito... E não poderiam fazer uma campanha do tipo: Parte do que recebermos no final desta copa, será doado para os desabrigados do Nordeste, bem como às famílias que passam fome no Interior do país. Não digo dar dinheiro, pois não resolveria o problema, mas dar a vara para que eles pescassem e pudessem produzir e, daí, ter de onde tirar o seu sustento. É apenas uma, das milhares de idéias que podemos tirar. Ninguém se preocupa com a situação do país. Isso é INACREDITÁVEL. Mas quando uma pessoa não concorda com o fato dele ter sido eliminado, por não acrescentar em nada para o país, aí sim se incomodam. Se sentem ofendidos. Com o quê? Eu me sinto ofendido quando estou em um ônibus e olho para a frente e vejo uma pessoa jogando uma lata de refrigerante ou um papel na rua. Eu penso: “Nossa, depois acontecem enchentes e não sabem o motivo. A culpa será do governo, fatalmente.” Jamais quis defender o governo, frisem, mas a própria população que se diz BRASILEIRA favorece significativamente para isso. Como pode? Mas agora me dêem licença pois senão eu escreveria um milhão de linhas aqui. A vida vai voltar ao normal a partir de amanhã e as camisas do Brasil vão desaparecer dos olhos da população. Deixaram de ser brasileiros? Eis a dúvida.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mãe;



Uma palavra tão pequena, mas com um significado enorme e de tanta importância para todos nós. Sabemos que nada seríamos se não tivéssemos o apoio destas mulheres que tanto fazem por nós, independente do que seja. Sempre estão ao nosso lado nos dando força e nos dizendo que caminho seguir e os passos que devemos dar. Todas as coisas que fazemos e falamos sempre serão ínfimas se comparado ao que elas sempre fazem pela gente. Não somente aos filhos, mas com um coração tão grande que consegue suportar todos que as circundam, fazendo com que as amem de forma inimaginável. As suas palavras, seus carinhos, seus olhares e conselhos, que para muitos sempre foram chatos e irritantes. Mal sabemos que o que elas querem sempre, é preservar-nos de alguma forma, fazer com que estejamos sempre seguros e longe de qualquer perigo. Alguns exageros que não temos como explicar, talvez seja instinto essa superproteção, mas não podemos jamais negar que todas essas qualidades – sim, qualidades – são fundamentais. Quantas vezes paramos para pensar e contar quantas noites de sono perderam enquanto estávamos febris ou com a garganta inflamada. Ou quando elas faziam sopinhas para que não ficássemos sem comer, por não conseguirmos engolir alimentos maiores e mais sólidos. Quanto tempo ela levou, carregando-nos por nove meses em seu ventre, tomando todos os remédios e precauções necessárias para que nascêssemos saudáveis e com muita alegria. Estas são pequenas coisas, sim, mas impagáveis aos olhos de um filho que consegue compreender os mínimos detalhes de tudo o que elas passaram por nós, tudo o que deixaram de fazer para nos consolar. Eu ficaria escrevendo páginas e mais páginas, por horas e horas se quisesse continuar qualificando estas mulheres maravilhosas e tão importantes em nossas vidas. Parabéns, mãe. Parabéns, mães.

Obs.: Texto escrito no dia das mães deste ano (2010), em homenagem a minha maravilhosa mãe e a todas as demais nesse mundo. Resolvi colocar aqui agora apenas para não perder o texto.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

E tem jeito?



Acho engraçado quando a vida nos prega peças inesperadas. Ficamos embasbacados, sem saber o que fazer ou como reagir. Ainda que na maioria das vezes isso seja um tanto quanto estranho, nós podemos perceber que não somos nada nessa imensidão que chamamos de mundo. Não somos nada aqui nesse lugarzinho tão pequeno. Eu sei que não adiantaria eu chegar aqui e dizer o que é legal e o que não é fazer para que sejamos bem vistos e reconhecidos perante a sociedade, menos ainda quero passar por chato ou por aquele que quer pregar de bom Samaritano, sem ser. Defeitos todos têm, o problema é saber lidar com eles para que não se torne um problema. Agora vamos lá, falar é muito fácil, né? Eu sei que é, mas cara, o que custa nós pararmos por alguns minutos, colocar a mão na consciência (leia-se parar e pensar e não no sentido literal da coisa, afinal não conseguimos tocar a consciência) e pensar em como o mundo poderia ser melhor. Ao menos o nosso país, né? Vamos trabalhar juntos e começar a notar que aqui, nós não somos “quase” nada. Digo quase, pois se cada um fizer a sua parte e contribuir para coisas boas, seremos tantos em meio a esse mundaréu de gente... Hoje nem estou disposto a escrever, mas também não quis pagar de bom moço aqui, afinal, eu sou humano como todos os outros, eu só tento fazer a minha parte e ajudar o mundo a mudar (para melhor). Tente fazer a sua também.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Empathy




E então a gente pára, pensa, reflete em tudo aquilo que queremos fazer. Algumas vezes não percebemos as conseqüências que certos rumos nos trazem. Estas, na maioria das vezes, irreparáveis. Sem a possibilidade de voltarmos atrás e refazermos tudo o que já está perdido. Depois que percebemos que a nossa escolha não foi deveras, a melhor de todas, é que iremos nos lamentar e raciocinar sobre as possíveis mudanças que devemos fazer em nossas vidas. Mas isso tudo é muito normal, acontece com qualquer pessoa em sã consciência, imaginem em alguém que esteja passando por qualquer problema pessoal.
E olha que isso não é algo tão difícil de encontrar. Saia de casa, dê uma volta pela praça, ou até mesmo no mercado, na rua da sua própria casa. O que vemos, talvez não nos chame tanto a atenção, mas você pode apostar que por baixo de tantos rostos familiares e alegres, se escondem pessoas com problemas, algumas vezes irreparáveis. Pessoas que estão passando por dificuldades tão grandes que a sua vontade é de sair correndo, clamando por socorro, por um auxílio sequer.

Deveríamos ser um pouco mais solidários, sim. Colocar a mão na consciência e perceber o quão importante é ajudarmos o próximo. Notar que não devemos fazer com o outro aquilo que não queremos que façam com a gente e até mesmo amar ao próximo assim como a nós mesmos. Sim, está nos mandamentos e esta é a parte que mais me dói: Saber que poucas são as pessoas que se incomodam com a situação do outro, se ela precisa de um ombro amigo, se precisa desabafar e contar seus problemas. Outras vezes, apenas um “Oi” faz toda a diferença para o dia daquela pessoa. Um dia que foi, ou será, de completas atribulações, conturbações e desavenças. Estejamos certos de que se apenas um simples “Olá” faz com que o dia daquela pessoa seja mais agradável, um sorriso nem precisa ser comentado.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Saudade



Algumas vezes nos pegamos pensando em algo, sem nem mesmo querermos pensar naquilo. Lembramos de pessoas, coisas, fatos que aconteceram na nossa vida. Alguns não retornarão, outros estão apenas ausentes por alguns instantes, mas ainda assim, jamais sairão de nossa mente, das nossas ilusões. Imaginamos coisas boas, desejamos sempre o melhor, vivemos em um mundo de fantasia, mas teria isso um motivo plausível para acontecer? Talvez não queremos estar presos a coisas imateriais, a pensamentos e lembranças, mas na maioria das vezes, eles nos proporcionam sensações tão boas, que as nossas ações não são capazes de superá-los, pois é neles que temos a liberdade e a capacidade de reagir da maneira que acharmos melhor, tomarmos decisões ao nosso modo, da nossa maneira, como um sonho.
A saudade é algo que machuca, nos fere por dentro, nos deixa cicatrizes. Marcas que levamos por anos, décadas, quiçá séculos. É lastimável não podermos viver tanto tempo para sabermos ao certo quão longa é a saudade, ou por quanto tempo temos que agüentar essa dor tão forte e incessante, que insiste em nos corroer da maneira mais cruel possível. Ela é passiva, não tem pressa nem mesmo intenção de magoá-lo, mas é indiferente e na sua indiferença que ela te apunhala com uma intensidade incontável, fazendo-o sofrer… E chorar… Fazendo-o clamar por ajuda, um auxílio que seja, qualquer pessoa onde você possa debruçar em seus ombros e desabafar. É algo tão intenso que conseguimos nos abalar até mesmo com coisas nunca tenham existido de fato, e como já dizia Carlos Drummond de Andrade: “Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante.” Sim, dói. Não podemos negar este sentimento que nos acompanha, nos machuca, nos corrói, nos apunhala, mas não conseguimos viver sem. Ah! A saudade.