quinta-feira, 13 de maio de 2010

Empathy




E então a gente pára, pensa, reflete em tudo aquilo que queremos fazer. Algumas vezes não percebemos as conseqüências que certos rumos nos trazem. Estas, na maioria das vezes, irreparáveis. Sem a possibilidade de voltarmos atrás e refazermos tudo o que já está perdido. Depois que percebemos que a nossa escolha não foi deveras, a melhor de todas, é que iremos nos lamentar e raciocinar sobre as possíveis mudanças que devemos fazer em nossas vidas. Mas isso tudo é muito normal, acontece com qualquer pessoa em sã consciência, imaginem em alguém que esteja passando por qualquer problema pessoal.
E olha que isso não é algo tão difícil de encontrar. Saia de casa, dê uma volta pela praça, ou até mesmo no mercado, na rua da sua própria casa. O que vemos, talvez não nos chame tanto a atenção, mas você pode apostar que por baixo de tantos rostos familiares e alegres, se escondem pessoas com problemas, algumas vezes irreparáveis. Pessoas que estão passando por dificuldades tão grandes que a sua vontade é de sair correndo, clamando por socorro, por um auxílio sequer.

Deveríamos ser um pouco mais solidários, sim. Colocar a mão na consciência e perceber o quão importante é ajudarmos o próximo. Notar que não devemos fazer com o outro aquilo que não queremos que façam com a gente e até mesmo amar ao próximo assim como a nós mesmos. Sim, está nos mandamentos e esta é a parte que mais me dói: Saber que poucas são as pessoas que se incomodam com a situação do outro, se ela precisa de um ombro amigo, se precisa desabafar e contar seus problemas. Outras vezes, apenas um “Oi” faz toda a diferença para o dia daquela pessoa. Um dia que foi, ou será, de completas atribulações, conturbações e desavenças. Estejamos certos de que se apenas um simples “Olá” faz com que o dia daquela pessoa seja mais agradável, um sorriso nem precisa ser comentado.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Saudade



Algumas vezes nos pegamos pensando em algo, sem nem mesmo querermos pensar naquilo. Lembramos de pessoas, coisas, fatos que aconteceram na nossa vida. Alguns não retornarão, outros estão apenas ausentes por alguns instantes, mas ainda assim, jamais sairão de nossa mente, das nossas ilusões. Imaginamos coisas boas, desejamos sempre o melhor, vivemos em um mundo de fantasia, mas teria isso um motivo plausível para acontecer? Talvez não queremos estar presos a coisas imateriais, a pensamentos e lembranças, mas na maioria das vezes, eles nos proporcionam sensações tão boas, que as nossas ações não são capazes de superá-los, pois é neles que temos a liberdade e a capacidade de reagir da maneira que acharmos melhor, tomarmos decisões ao nosso modo, da nossa maneira, como um sonho.
A saudade é algo que machuca, nos fere por dentro, nos deixa cicatrizes. Marcas que levamos por anos, décadas, quiçá séculos. É lastimável não podermos viver tanto tempo para sabermos ao certo quão longa é a saudade, ou por quanto tempo temos que agüentar essa dor tão forte e incessante, que insiste em nos corroer da maneira mais cruel possível. Ela é passiva, não tem pressa nem mesmo intenção de magoá-lo, mas é indiferente e na sua indiferença que ela te apunhala com uma intensidade incontável, fazendo-o sofrer… E chorar… Fazendo-o clamar por ajuda, um auxílio que seja, qualquer pessoa onde você possa debruçar em seus ombros e desabafar. É algo tão intenso que conseguimos nos abalar até mesmo com coisas nunca tenham existido de fato, e como já dizia Carlos Drummond de Andrade: “Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante.” Sim, dói. Não podemos negar este sentimento que nos acompanha, nos machuca, nos corrói, nos apunhala, mas não conseguimos viver sem. Ah! A saudade.